Relator da Lava Jato no STF também
ordenou afastamento do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) da Câmara. PF cumpre
nesta quinta (18) mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Aécio.
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STF determina afastamento de Aécio Neves do cargo de senador |
O ministro Edson Fachin, relator da
Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente
nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador. O magistrado, no
entanto, optou por não decretar monocraticamente o pedido apresentado pela
Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano.
No despacho,
conforme apurou a TV Globo, Fachin decidiu submeter ao plenário do Supremo o
pedido de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot.
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Apartamento do senador Aécio Neves é alvo de busca e apreensão durante operação da Lava Jato em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo) |
Endereços
ligados ao parlamentar tucano também são
alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) no
Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.
O relator da
Lava Jato determinou ainda que o deputado federal Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR) seja afastado da Câmara. Fachin, a exemplo do que decidiu em relação
a Aécio, também preferiu enviar ao plenário do tribunal o pedido da PGR para
prender o deputado do PMDB.Reportagem
publicada nesta quarta (17) no site do jornal "O Globo" revelou que o
dono do frigorífico JBS Joesley Batista entregou à Procuradoria Geral da
República uma gravação na qual Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões.
No áudio
gravado por Joesley, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional
do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua
defesa na Lava Jato. O senador tucano é alvo de seis inquéritos no Supremo
relacionados à Lava Jato.
O jornal também
informou que Rocha Loures recebeu propina do dono do frigorífico JBS entregou
uma gravação feita em 7 de março deste ano em que o presidente da República,
Michel Temer, indica o deputado do PMDB para resolver assuntos da holding
J&F no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Rocha Loures já
foi chefe de Relações Institucionais da Presidência, quando Temer era
vice-presidente. Após o impeachment de Dilma Rousseff, o parlamentar
peemedebista atuou como assessor especial da Presidência. Ele assumiu uma
cadeira na Câmara no momento em que o Osmar Serraglio (PMDB-PR) deixou o
parlamento para assumir o comando do Ministério da Justiça.
A reportagem
relata que o dono da JBS marcou um encontro com Rocha Loures em Brasília e
contou o que precisava no Cade. Pelo serviço, segundo 'O Globo', Joesley
ofereceu propina de 5% e Rocha Lores deu o aval.
O G1 ainda
não conseguiu contato nesta quinta-feira com a assessoria de Aécio Neves. Na
noite desta quarta, a assessoria de imprensa do parlamentar mineiro afirmou que
ele "está
absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".
O Senado
informou à TV Globo que, até o momento, ainda não recebeu oficialmente o
mandado do ministro do Supremo que mandar afastar Aécio do parlamento.
Além de afastar
o senador do PSDB, Fachin expediu um um mandado de prisão contra a irmã e
assessora de Aécio, Andréa Neves. Segundo a TV Globo apurou, um procurador da
República foi preso e há mandados contra pessoas ligadas ao deputado cassado e
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No Rio, estão
sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços: os
apartamentos de Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair Alves Pinto,
conhecido por ser braço direito de Cunha.
O procurador da
República Ângelo Goulart Villela, que atua no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), foi preso na manhã desta quinta pela Polícia Federal. Agentes da PF
cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Corte eleitoral, em
Brasília.
Fachin também
expediu mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, que é ligado a
Eduardo Cunha.
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